Crianças e adolescentes institucionalizados frequentemente apresentam algum tipo de sofrimento psíquico. Além disso, é comum que possuam histórico de adversidades, tais como violência, negligência, mendicância e abuso de substâncias por parte de seus pais.
Diante desse cenário, foi feito um estudo com o objetivo de analisar a prevalência de transtornos ansiosos e depressivos em crianças e adolescentes institucionalizados na cidade de Aracaju, bem como relacioná-los a repercussões escolares e às possíveis adversidades vivenciadas.
O estudo foi realizado em quatro Casas Lares de Aracaju, com uma amostra de 19 jovens, dos 7 aos 16 anos, e quatro cuidadoras, que responderam sobre os menores. Os participantes foram questionados sobre seus históricos de abusos na infância. Realizou-se também um grupo focal com sete desses adolescentes, de idades entre 7 e 16 anos, no qual foram abordados temas relacionados à vivência nas casas lares.
E como resultados apontados pelos jovens, detectou-se ansiedade social em 57,9% dos participantes; ansiedade de separação em 63,1%; transtorno do pânico em 73,7%; transtorno de ansiedade generalizada em 36,8% e depressão em 47,7%. Estes números foram incompatíveis com os apresentados pelas cuidadoras, evidenciando possível falta de atenção por parte dessas. Além disso, foi observado que a maioria dos menores participantes desta pesquisa sofreram adversidades anteriormente ao ingresso nas instituições, sugerindo conexões entre abuso, institucionalização e sofrimento psíquico.
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