Juventude em isco: o alarmante consumo de álcool e de cigarros eletrônicos

“O futuro depende do que fazemos no presente”
Mahatma Gandhi

Trago um tema indigesto, por acreditar que temos responsabilidade enquanto pais e avós pelo cenário atual: o consumo de álcool e cigarros eletrônicos entre jovens de 11 a 15 anos. Esta é uma preocupação crescente.

Segundo um relatório do escritório europeu da Organização Mundial da Saúde – OMS -, 57% dos jovens de 15 anos já experimentaram bebida alcoólica pelo menos uma vez. A situação é descrita como “alarmante”, exigindo ações imediatas de saúde pública para restringir o acesso dos jovens a essas substâncias.

Realizado a cada quatro anos, o estudo abrange 53 países da Europa, da Ásia Central e o Canadá, envolvendo dados de aproximadamente 280 mil jovens. Hans Kluge, diretor regional da OMS, aponta que “o uso generalizado de substâncias nocivas entre crianças em muitos países da região europeia – e além – representa uma séria ameaça à saúde pública”.

A pandemia de Covid-19, com as mudanças de hábitos provocadas pelos lockdowns e o aumento da exposição a telas e à publicidade online, parece ter intensificado esse problema.

Os riscos associados ao consumo precoce de substâncias psicoativas incluem maior probabilidade de dependência química na vida adulta, o que acarreta altos custos tanto para os indivíduos quanto para a sociedade.

Enquanto o tabagismo clássico mostra sinais de declínio entre os jovens, com uma redução de 13% dos que já fumaram em 2022, o uso de cigarros eletrônicos está em ascensão, especialmente entre adolescentes. Este é um sinal claro de que novas formas de consumo de nicotina estão se tornando populares.

A OMS alerta que o álcool continua sendo a substância mais utilizada por adolescentes, com quase quatro em cada 10 jovens de 15 anos consumindo bebida alcoólica nos últimos 30 dias.

Além disso, o consumo entre meninas está crescendo, refletindo uma tendência preocupante no abuso de álcool entre jovens. Em resposta, a OMS sugere medidas como o aumento de impostos sobre esses produtos, a limitação de pontos de venda e de publicidade e a proibição do uso de vaporizadores, embora no Brasil, agora em 2024, apesar da proibição, o consumo de vaporizadores persista devido ao mercado paralelo.

Este panorama alarmante nos chama de volta às palavras de Gandhi, lembrando-nos de que as ações que tomamos hoje para proteger nossa juventude podem determinar o futuro de toda uma geração.

É essencial que políticas eficazes sejam implementadas para salvaguardar nossos jovens dos perigos do álcool e do tabaco, garantindo um futuro mais saudável e promissor para todos.

Tratar do consumo de álcool e de cigarros eletrônicos entre jovens é uma tarefa desafiadora, especialmente para pais e avós que desejam proteger suas famílias.

Aqui trago para o leitor uma receita de bolo com vários ingredientes para lidar com essas questões tão incômodas.
A chave para prevenir o uso precoce de substâncias, acredite, é a comunicação aberta. Pais e avós devem conversar com os jovens sobre os riscos associados ao consumo de álcool e cigarros eletrônicos, incluindo os efeitos a longo prazo na saúde e bem-estar.

Fornecer informações baseadas em evidências pode ajudar os jovens a tomar decisões informadas. Isso inclui discutir as consequências legais e sociais do uso de substâncias. O mundo não é cor de rosa e os perigos são imensos.

Sei que não é algo simples, mas adultos também podem servir como modelos positivos ao demonstrar comportamentos responsáveis, evitando o consumo excessivo de álcool e o uso de qualquer forma de tabaco na frente dos jovens.

E, por fim, manter-se envolvido na vida dos jovens é essencial. Saber onde estão seus filhos, com quem estão e o que estão fazendo pode ajudar a prevenir comportamentos de risco.

E se houver preocupações sobre o uso de substâncias por parte de um jovem, não hesite em buscar orientação de profissionais de saúde. Eles podem oferecer recursos e estratégias de intervenção adequadas.

Pais e avós têm um papel crucial no combate ao consumo de álcool e cigarros eletrônicos entre os jovens. Adotar uma abordagem proativa e envolvente pode fazer uma grande diferença na vida dos jovens, ajudando-os a tomar decisões saudáveis e responsáveis.

originalmente do JLPolitica.com.br

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