Padrão de uso da internet e redes sociais e implicações na saúde mental dos estudantes de medicina

Vivemos momentos de grandes transformações, e a tecnologia passou a fazer parte inerente das nossas vidas, para o bem e para o mal. A internet, ferramenta de informação que nos faz armazenar e buscar conhecimentos em velocidade e capacidade inimagináveis é também, para alguns, instrumento de múltiplas conexões sociais que favorece a superação das inibições trazendo bem-estar (Young, 2011).

O que não se pode negar é que o uso da internet traz implicações de grandes efeitos sobre o nosso cotidiano, até mesmo a dependência, descrita como algo similar à de um sujeito que tem o mesmo do álcool, revelando o potencial da internet promover danos psíquicos que preocupam e desafiam a sociedade, as famílias, os psiquiatras e os psicanalistas (Young, 2011).

Houve um crescimento significativo do acesso à internet através de dispositivos portáteis ou móveis. O uso cada vez mais frequente dos aparelhos de comunicação dentro de casa, nas escolas, nos ambientes de trabalho e em outros, promove um tempo maior de exposição aos efeitos do uso excessivo desses equipamentos. Com isso, é possível entender que a geração atual de adolescentes cresceu com as mais recentes tecnologias e que o uso da internet é um fenômeno extremamente propagado com efeitos ainda não conhecidos (Bischof-Kastner, Kuntsche e Wolstein, 2014; Zheng et al., 2014).

Esse problema da dependência da internet, em especial das redes sociais, é algo ainda muito novo e é mais explorado pela mídia do que pelos próprios profissionais da área de saúde, uma vez que ainda temos poucos estudos consistentes em relação à magnitude do problema que cresce a cada dia (Young, 2011).

Os atuais smartphones combinam a capacidade plena da internet com uma fantástica proliferação de aplicativos, os mais diversos, que atendem tanto à possibilidade de falar (talvez seja a função menos usada nos tempos atuais) quanto de fazer buscas rápidas por informações de qualquer natureza, compras, pagamentos e extratos bancários, controles de índices de saúde, educação, busca de artigos e leitura de livros, contatos sociais com busca por relacionamentos amorosos e sexuais, bate-papos virtuais, atividades recreativas e jogos, mensagens de voz e criação de textos (Bischof-Kastner, Kuntsche e Wolstein, 2014; Young, 2011; You, Potenza e White, 2013).

Para fornecer algum tipo de projeto de intervenção e medida preventiva, quanto ao uso de internet, é preciso entender como o fenômeno da tecnologia implica um comportamento problemático ou disfuncional. É preciso conhecer os motivos que levam as pessoas a utilizar a internet. Alguns instrumentais foram criados para mensurar os aspectos motivadores que levam os jovens, em especial, a fazerem uso da internet de forma constante. Porém, esses instrumentais ainda resultam em lacunas nas suas mensurações, o que motivou esta pesquisa (Bischof-Kastner, Kuntsche, Wolstein, 2014).

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1 comentário em “Padrão de uso da internet e redes sociais e implicações na saúde mental dos estudantes de medicina”

  1. Verdade absolutas . Temos que deixar de lado muitas vezes para vivenciarmos o presente com relações humanas cara a cara .

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